Crítica: What if? - 1ª temporada

História paralelas em universos diferentes dos apresentados nos filmes da Marvel

Quando What if? foi anunciado, logo me bateu a saudade dos contos que Uatu ou Vigia nos apresentava nos quadrinhos da Marvel. Histórias fechadas, um exercício para os roteiristas brincarem com os maiores heróis da terra da forma que quiserem. Levantando questões com os títulos das histórias, E se? ou o que aconteceria se? A premissa da série animada da Marvel era a mesma, mostrar versões e universos diferentes daqueles heróis e histórias, já apresentadas no universo cinematográfico da Marvel.

Algumas coisas funcionam outras deixam a desejar, justamente pela fórmula Marvel de fazer seus filmes, toda aventura solo é um pequeno pedaço a se juntar em um grande e triunfal encontro final, entre todos os heróis apresentados. Uma repetição de modelo que de tão forçada, sacrifica as boas histórias isoladas em troca de uma amarração geral que acaba soando corrido e desnecessária.

A mudança de tom de cada história não me agrada, mas é uma pura questão de gosto pessoal. O episódio que se destacou por seu tom e peso com certeza é, E Se… O Doutor Estranho perdesse seu coração em vez das mãos? Episódio com um drama que pesa, talves o mais sombrio da temporada, destaque para a referência de A Maquina do Tempo de H.G. Whells.

What if? fala de multiverso sem se apegar em outras mídias de seu universo, o que foi uma boa escolha. A animação e efeitos visuais dos episódios são dignos de super produção para o cinema, algumas vozes foram feitas pelos próprios atores que interpretaram seus personagens em live-action, que foi o caso de Chadwick Boseman (T'challa) falecido em 2020.

O Brasil se beneficiou, pois a maioria dos dubladores voltaram para fazer as vozes dos atores originais dos filmes, dando uma familiaridade com os personagens. What if? em sua totalidade é uma experiência interessante e bem realizada, que só precisa se libertar das amarras da fórmula do UCM e ganhar identidade própria. Quem sabe na próxima temporada.

NOTA DO BARÃO: 8/10

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Publicado por: Diego Piacentini