Crítica: Matrix Ressurreição

28/12/2021 14:20:10

Uma história requentada com pitadas de novidade

Mais cedo ou mais tarde Matrix retornaria, era uma questão de tempo para uma franquia de sucesso voltar para fazer o que sabe de melhor, dinheiro. Isso aconteceria com ou sem a participação das irmãs Wachowski. Foi quando Lana aceitou o desafio de ressuscitar a franquia, agora sem sua irmã.

Fui com a mente aberta para assistir o filme e a tentativa de requentar uma fórmula já conhecida dos fãs mais havidos é nítida. Matrix tem 2 grupos de fãs que se dividem naqueles que acham que a história deveria ter parado no primeiro e aqueles que adoram os três filmes. Acompanhei os lançamentos na época e realmente é interessante e rico aquele universo que se estende a games e animação.

O que parece é que esqueceram de apresentar aquele universo para uma nova geração, fazendo quem nunca viu os filmes anteriores ficar perdido com tanta informação e eternas explicações. O nome Ressurreição é apropriado, já que ressuscitam Neo (Keanu Reeves) e Trinity (Carrie-Anne Moss) de forma literal, e a forma como acontece parece preguiçosa. Lana Wachowski não deixa de alfinetar a indústria de cinema que revive a exaustão, franquias conhecidas do público com novas produções.

Os elementos gráficos dos filmes anteriores retornam, bullet time, kung-fu o voo, entre outros. Os flashbacks com os atores antigos são recorrentes, exemplo: Morpheus (Laurence Fishburne) e Agente Smith (Hugo Weaving). Os tiroteios são diminuídos e Neo quase não dá um tiro, (Talvez em vista da chacina de columbine) preferindo se defender com escudos das balas. É nítido que a diretora quis quebrar o conceito de bem e mal, e protagonismo, colocando Trinity no mesmo patamar do escolhido e Smith agora interpretado por Jonathan Groff, como aliado.

Os pontos positivos do filme são as novidades, o modo enxame é visualmente impactante e agora máquinas ao lado de humanos no mundo real, mostram uma evolução na mitologia. Lana foi a melhor escolha para revitalizar a franquia, suas novidades têm intenção e somam ao legado de Matrix, mas parece que faltou estratégia e tempo para uma história que é densa e não se conta sozinha, tendo os filmes passados sempre como muleta.

Com a estratégia de lançamento simultâneo na HBO Max e uma época ruim de lançamento, que compete com o fenômeno Homem-Aranha, Matrix Ressurreição não tem feito muito sucesso e no final o que move uma franquia não foi alcançado pelo filme, o dinheiro.

NOTA DO BARÃO: 6/10

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Publicado por: Diego Piacentini

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