Crítica: Viúva Negra

13/07/2021 03:03:35

Não faz jus a uma Vingadora

O protagonismo da única mulher dos Vingadores originais demorou para acontecer, vários podem ter sido os fatores para que um filme da Viúva Negra demorasse tanto a acontecer, talvez o medo do estúdio investir em um filme de super-heroína, mas graças a bons frutos como Mulher Maravilha e Capitã Marvel os rumos do mercado mudaram. Kevin Feige (Presidente da Marvel Studios) já havia demonstrado  seu interesse em contar a história de Natasha Romanoff há muito tempo. No final de 2017 foi batido o martelo para o filme acontecer. A personagem coadjuvante de Homem de Ferro 2 (2010), finalmente ganharia o protagonismo que merece, com Cate Shortland na direção e Scarlett Johansson no papel principal.

O filme tem várias funções, uma delas é preencher a lacuna do passado de Natasha, que sempre foi meio nublado e acrescentar mais base para assim nos conectarmos com a personagem. O segundo ponto seria a passada de bastão para outra vestir o manto de Viúva Negra, afinal a personagem está morta como vimos em Vingadores: Ultimato. Nos quadrinhos em que são baseados os alter egos podem morrer, mas seus mantos jamais. Yelena Belova, deve assumir o lugar da irmã por consideração no futuro da Marvel Studios. O filme em sua estrutura é inegável a tentativa de emular um Capitão América e o Soldado Invernal. As nuances e motivações são bem parecidas, mas com uma execução inferior ao da obra em que se inspira.

Com diversas soluções de roteiro e personagens caricatos, Viúva Negra poderia ter se despedido melhor de sua protagonista. É visível a diminuição dos personagems masculinos, transformados em esteriótipos de idiotas, o que acho válido afinal é a vez delas e merecem esse emponderamento. Infelizmente a história é rasa e parece que foi feita as pressas, digo pelo personagem que consegue tudo para Romanoff como tirado de uma cartola, de helicóptero a um Jato, soluções preguiçosas e desperdício de um personagem como o Treinador que não tem o destaque que prometeu os trailers. Felizmente as cenas de ação são bem executadas e os efeitos especiais ok.

David Harbour como Guardião Vermelho com toda sua cafonice está fantástico, mesmo sendo diminuido a um idiota completo. Rachel Weisz (Melina Vostokoff) tem uma atuação aceitável de uma personagem rasa, que só serve de novo, para soluções de roteiro. O ponto alto é sem dúvida Florence Pugh que traz personalidade e profundidade a sua personagem, ela consegue ganhar o espectador de forma natural, uma boa substituta. Confesso que queria ver no filme a história de Budapeste com Clint Barton o Gavião Arqueiro, mas isso tiraria o protagonismo e deixaria a função de adicionar uma nova Viúva Negra. Um longa que sofreu com a pandemia, atrasado, guardado e que foi lançado em um momento certo e estratégico, provas são os números de arrecadação. Um filme que diverte, mas não faz jus a história de uma Vingadora.

NOTA DO BARÃO 7/10

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Publicado por: Diego Piacentini

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