Crítica: O Esquadrão Suicida

11/08/2021 02:29:28

A piração de James Gunn

Depois do fracasso de crítica do Esquadrão Suicida de David Ayer (2016), que logo depois acusou a Warner de mexer em todo seu filme, hoje perambula pelas redes sociais a campanha #ReleaseAyerCut, para o lançamento do filme na visão original do diretor. Enquanto não há novidades, eis que chega aos cinemas a versão de James Gunn, agora na DC. Toda fórmula do diretor está no filme, mas com um recheio a mais, afinal o filme é para maiores de idade o que dá mais liberdade para Gunn abusar da violência junto com seu humor ácido e timing para piadas.

Quando foi praticamente despedido da Disney/Marvel, James Gunn foi chamado pela DC para dirigir algum projeto da casa. Segundo o diretor até mesmo o Superman lhe foi oferecido, mas acabou optando por seguir com o Esquadrão, o que faz todo sentido, já que o primeiro filme de 2016 queria emular seu longa da Marvel. A produção de 2021 não tem ligação com o primeiro, mas também não o nega, alguns personagens até continuam os mesmos, que é o caso da Arlequina (Margot Robbie), Rick Flag (Joel Kinnaman) e outros.

A trilha sonora musical, os monstros e criaturas esquisitas, atores que entendem seus personagens e se divertem os protagonizando, transforma O Esquadrão Suicida em um dos poucos acertos da DC nos últimos tempos, algo que se deve a total liberdade do estúdio para que Gunn coloca-se sua visão peculiar na produção. Ouvi alguém dizer que assistir o filme é como ler um quadrinho e realmente me senti assim, uma aventura fechada, a jornada de um grupo de pessoas esquisitas em busca de um propósito que nem é o deles.

A interação entre os personagens é muito boa principalmente para John Cena (Pacificador) e Idris Elba (Sanguinário), uma rivalidade com personagens que tem muito em comum. O descarte de personagens apenas para preencher e impactar o começo do filme, é digno de Game of Thrones. Arlequina voltou a ser ameaçadora, apesar de ter algumas cenas com falas bobas e descontextualizadas, que servem apenas para ressaltar a doidice da personagem, mas são desnecessárias.

Daniela Melchior roubou a cena com a personagem Caça-Ratos 2, sua interação com os personagens são memoráveis principalmente com o Tubarão Rei, sua história de origem traz um pouco de drama a produção. Um filme que não se leva a sério com um diretor doido e um visual surreal, O Esquadrão Suicida é o que os fãs querem, mas com certeza não na época em que o estúdio gostaria, afinal as bilheterias não tem sido das melhores e isso afetou o rendimento do longa.

Agora James Gunn retorna para seu próximo Guardiões da Galaxia na Marvel, estúdio que o recontratou logo depois de dispensá-lo. Rumores apontam que devido ao sucesso de crítica e público de seu filme, Gunn pode dirigir mais filmes na DC no futuro.

Por Diego Piacentini - NOTA DO BARÃO 9/10

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Publicado por: Diego Piacentini

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