Crítica: Mestres do Universo: Salvando Eternia

28/11/2021 01:32:29

Uma tentativa sem sucesso de revitalizar a série clássica

Quando foi anunciada uma continuação da série clássica de Mestres do Universo pela Netflix, já fazia tempo que nada relacionado a franquia aparecia nos holofotes e o showrunner que seria encarregado de desenvolver toda a produção era Kevin Smith (O Balconista). O primeiro trailer foi revelado com uma trilha sonora memorável de Bonnie Tyler e as expectativas só aumentaram. Foi quando a primeira parte ficou disponível em julho com 5 episódios e dividiu opiniões, muitos esperavam ver o personagem He-Man como protagonista da série, mas o foco realmente era Teela o que agradou parte do público, inclusive eu.

O Protagonismo feminino em Mestres do Universo: Salvando Eternia, foi algo evidente que Smith queria abordar. Certo em deter Esqueleto de suas tentativas de conseguir o poder de Grayskull, He-Man morre pelas mãos do vilão e cabe a Teela trazer a esperança de volta a Eternia. A segunda parte estreou em novembro e o que me pareceu é que não sabiam como terminar a história, mudanças bruscas de protagonismo, tanto dos vilões quanto dos heróis a história se mostrou um pastelão, que não faz sentido, apenas momentos criados para gerar conflito.

A produção tenta entrar em assuntos sensiveis, superficialmente e sem sucesso, quando sugere um relacionamento abusivo entre Maligna e Esqueleto. Os personagens tomam atitudes sem sentido, não levando em conta o histórico de cada um na trama, como quando He-Man dá poderes ao Esqueleto após ele dizimar uma cidade inteira. Tecnicamente o estúdio Powerhouse Animation fez um trabalho impecável com a animação, dando um novo folego ao visual batido dos anos 80.

Tratar o enredo da série clássica como algo para adultos, só mostra o quão perdida estava a produção. O novo, Mestres do Universo também tem a intenção de lucrar com os novos bonecos da franquia, já que os direitos pertencem a Mattel e há um gancho no final para uma continuação. Sua falta de planejamento e a falha em focar em um público específico torna a série algo esquecível que em nada lembra a saudosa série oitentista a não ser pelos vários fan services.

NOTA DO BARÃO 05/10

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Publicado por: Diego Piacentini

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