Crítica: Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (SPOILERS)

17/12/2021 02:02:14

O filme do fan service, ainda bem

Fica até dificil escrever imparcialmente tamanho é o apego emocional que tenho com esse personagem. Para quem viu o primeiro filme de Tobey Maguire em sua estreia nos cinemas, não ser afetado pela nostalgia e paixão é bem difícil, mas vou tentar. O Homem-Aranha foi o personagem que me fez ler quadrinhos era o herói humano, com os problemas das pessoas comuns, como diria Stan lee: "Como eu seria com poderes".

Recapitulando de maneira rápida, na década de 90 antes da compra da Disney, a Marvel vende os direitos de seus maiores personagens para estúdios de cinema, para assim, arrecadar fundos e evitar a falência. A sony adquire o Homem-Aranha e o adapta para um longa em 2002, o que viria a ser uma trilogia com Tobey Maguire, depois com mais 2 filmes estrelados por Andrew Garfield em 2012 e 2014, o cabeça de teia chega ao UCM no filme, Capitão América: Guerra Civil em 2016, através de um acordo firmado entre Marvel Studios e Sony Pictures, Tom Holland assume o papel do herói.

Com dois filmes de sucesso, o terceiro viria para terminar a trilogia "De Volta Para Casa" ou Homecoming, mas uma vertente mudou os rumos do filme graças a animação, Homem-Aranha no Aranhaverso, que inseriu o conceito do multiverso dos Homens-Aranha. A Sony viu a oportunidade e adaptou a história final do terceiro filme para um grande encontro, essa teoria é uma especulação toda minha já de antemão. A década do fã está aí, cada vez mais os estúdios entregam aquilo que as pessoas mais querem ver, que é o caso de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa.

Agora falando diretamente do filme, a sensação é que estamos vendo uma grande história em quadrinhos, com resoluções rápidas, sem explicar demais, o que funciona, a fórmula Marvel está lá, surgem as piadas pontuais e os fan services acontecem já no começo, com a aparição de Charlie Cox, como Matt Murdock o alter ego do Demolidor. O filme é didático, simples, é claro que para quem acompanhou a trajetória do herói nos cinemas vai se familiarizar com as dezenas de referências que rodeiam a trama, principalmente quando surgem os personagens das outras adaptações do herói, Tobey Maguire, Andrew Garfield e os vilões.

A participação do Doutor Estranho é pontual e necessária, afinal, quando não se pode explicar com ciência a magia é um recurso riquíssimo. O diretor Jon Watts mostrou competência ao trabalhar tantos personagens em um único filme, junto com um profundo conhecimento do histórico dos personagens. Meus aplausos para Alfred Molina e Willem Dafoe que atuam brincando, parecem que nunca saíram dos personagens. Andrew Garfield que teve um ótimo ano com seu filme Tick Tick Boom, entrega um Homem-Aranha simpático e carismático.

Me pareceu que Tobey era o menos empolgado, entregando sua atuação clássica de Peter. Ver os 3 em tela como Homens-Aranha mexeu comigo, a Sony atingiu o coração, a interação entre eles são brilhantes e explicativas o que só agrega para os fãs, deixando quem não acompanha não tão impactado. O final só mostra que a Marvel sabe o que faz, fez um retcon com o personagem de Tom Holland, já que no final todos esquecem que Peter Parker é o Homem-Aranha. O filme faz crescer o personagem, e o apresenta para a clássia frase "Com grandes poderes vem grandes responsabilidades" agora dita pela Tia May perto de sua morte.

No final é notável a transformação que querem dar ao Aranha de Tom, para que fique bem aproximado do personagem de Tobey Maguire ou o Peter dos quadrinhos, algo que os fãs sempre reclamaram, isso fica explicito na confecção do próprio uniforme, o apartamento surrado e a cobrança do aluguel. Sem dúvida Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa é o melhor filme de 2021, não pela técnica, não pela qualidade e sim pelo sentimento de nostalgia que rodeia o público, é uma celebração aos 20 anos do herói na telona, é sem dúvida um marco na volta aos cinemas pós pandemia.

NOTA DO BARÃO 10/10

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Publicado por: Diego Piacentini

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